quarta-feira, 30 de março de 2011

COPA 2014 “Preparar a cidade para o cidadão”

Por Eduardo Moraes
Vice-Presidente do Esporte
 Clube Vitória da Conquista


Vitória da Conquista é uma cidade de forte viés cosmopolita. É possível que a elevada auto estima, exuberância, elegância, perseverança, o saber acolher e o empreendedorismo do seu povo, seja herança do processo de colonização, as famílias que aqui chegaram, visitantes em busca de oportunidades, a presença de muitos dos seus filhos em todos os continentes, o freqüente intercâmbio com os povos do mundo, faz desta cidade um permanente eldorado.
É verdade que nos últimos quatorze anos avançou em aspectos sociais, culturais, econômicos e de infra-estrutura, com os quase 15 quilômetros de ciclovias e ciclo faixas, mostra que Vitória da Conquista não é mais aquela cidade provinciana de décadas passadas e que tem condições em receber turistas e seleção de futebol para a copa FIFA de 2014.
No entanto, se faz urgente acelerar o passo para consolidar-se definitivamente como cidade do mundo, oportunidade para colocar em prática um Plano Diretor Urbano estruturando a cidade para as exigências sociais e econômicas clamadas para a continuidade do seu desenvolvimento nos próximos trinta anos. É urgente superar o gargalo no tráfego, devolvendo a cidade para o cidadão, calçadões, passeios largos, praças e áreas verdes bem cuidadas, incentivar e facilitar o acesso dos munícipes às manifestações culturais regionais, peças teatrais, shows musicais, festivais de causos e lendas... Tudo isso contribui para um comportamento de maior urbanidade entre as pessoas.
Desde 2007 com a definição do Brasil como sede para a Copa de futebol FIFA 2014, vislumbro o celeiro de oportunidades e inovação à nossa frente que revolucione definitivamente Vitória da Conquista como cidade de melhor qualidade de vida e bem estar para o seu povo. Esta não é uma bandeira ou ação isolada de pessoas usurpadoras de idéias alheias ou perturbadas pelo tilintar das urnas eleitorais em 2012, mas daqueles empreendedores ousados, despojados, que veem possibilidade de lucrar com essa ação, já que se trata de um negócio, mas que paralelo apostam no sucesso e benefícios dos legados a serem apropriados por toda a população em cada canto da cidade.           
Se desejamos verdadeiramente que a cidade seja escolhida como campo base ou aclimatação de seleções, é preciso construir articulações que extrapolem apenas o que enxergamos a frente do nosso nariz ou que satisfaçam vaidades ou interesses imediatos. Ainda é tempo de preparar a cidade para esse grande evento, mas acima de tudo, para o cidadão.

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